O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) vai injetar R$ 55 bilhões na economia brasileira, para contribuir com a contenção da pandemia do novo coronavirus. As medidas socioeconômicas de execução imediata foram aprovadas em caráter emergencial e anunciadas 22/03/2020 pelo presidente do banco, Gustavo Montezano.

São quatro medidas com duração de seis meses: R$ 20 bilhões virão da transferência de recursos do Fundo PIS-PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

1. R$ 19 bilhões da suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos diretos para empresas, tanto o principal quanto os juros, chamada de standstill (refinanciamento).

2. R$ 11 bilhões de standstill de financiamentos indiretos para empresas e;

3. R$ 5 bilhões com a ampliação do crédito para micro, pequenas e médias empresas por meio dos bancos parceiros.

4. O BNDES está ampliando a oferta de crédito para pequena e média empresa. Da micro a empresa com até 300 milhões de faturamento anual, poderão ter acesso ao Capital de Giro BNDES, via repassador financeiro. O banco tem esse caixa disponível, financiando em até 5 anos, com 2 anos de carência, e o limite máximo é de R$ 70 milhões para cada tomador.

As medidas apoiam o trabalhador de forma direta, com a possibilidade de novos saques do FGTS, e indireta, ao ajudar na manutenção da capacidade financeira de 150 mil empresas, que empregam mais de 2 milhões de pessoas.

O momento é inédito, por se tratar de uma crise na saúde com reflexos na economia, e o BNDES com o governo estão se preparando para o desconhecido.